domingo, 30 de setembro de 2007
Para quem está começando a se aventurar na cozinha
A expressão francesa “mise en place” numa tradução livre seria algo como prepare tudo antes de começar a cozinhar. Mas, é tudo mesmo, você vai ver a diferença. Depois das listas (nota abaixo) a “mise en place” ocupa o lugar de destaque na cozinha. Preparar antes significa que você se afastará do caos e tudo terá mais chance de dar certo. Com antecedência, pique, corte, ferva, lave etc., não esqueça também de separar todos os utensílios que serão usados.Tenha boas facas, saiba afiá-las, ou tenha alguém para fazer isso por você. Depois, é só seguir a receita, que deve ser lida várias vezes antes de começar o preparo. Outra coisa que funciona é estabelecer prioridades, pense nas etapas de: pré-preparo, preparo e finalização. E agora, um detalhe muito importante: coloque sua música de preferência e veja se consegue alguém para limpar tudo depois. Chame os amigos, será divertido, mas a dois pode ser melhor. Uma taça de champanhe também ajuda, desde que seja só uma, antes do jantar, é claro, depois está liberado. Boa sorte e boa semana!
Guia de vinhos
Ele tem experiência dos restaurantes Fasano e Parigi de São Paulo. Isso já é um forte referencial. É considerado um dos melhores sommeliers do Brasil. Outro ponto importante, todas as indicações que faz no seu livro de estréia “Guia de Vinhos Larousse do Brasil” foram testadas. Estou falando de Manoel Beato e seu guia didático, com mais de mil vinhos. O bacana é que não são só os vinhos caros que aparecem no livro; muitos dos vinhos testados estão abaixo de R$ 45,00.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Robert Parker
Ele é “o” cara quando o assunto é vinho. Claro que nem todos acham, ainda bem, a que se discordar, “a unanimidade é burra” – Nelson Rodrigues na veia. Não é possível todos concordarem com a mesma coisa. Eu, por exemplo, na minha insignificância e desconhecimento do assunto, me atrapalho se tenho que dar uma nota e prefiro a classificação: gostei, gostei muito e não gostei. Explico, Parker é um ex-advogado americano que se tornou crítico de vinhos e criou um ranking de avaliação (50 a 100 pontos para cada garrafa) usado por todo mundo. E se as pernas de uma atriz famosa valem 1 milhão de dólares, o nariz de Robert Parker também. Se quiser saber mais sobre vinhos e Parker veja o excelente documentário Mondovino, no qual Jonathan Nossiter mostra as principais regiões produtoras do mundo e produtores de vinho. Visite também: www.erobertparker.com, a dica é de um leitor e “fiscal” de blogs.
Cuore di Cacao
Corri para a Cuore di Cacao quando o inverno se despediu de nós, eu sei que foi só no calendário, mas a pressa era porque as proprietárias Bibiana e Carolina Schneider mudam as sobremesas a cada estação e eu precisava comer pela última vez o figo grelhado com calda de vinho do Porto. Valeu a pena, agora é esperar pelas novidades da próxima temporada, que deve acontecer no final de outubro. Além das maravilhosas sobremesas, a Cuore tem o melhor chocolate da cidade. Talento e simpatia em família, as proprietárias são filhas da chef e professora Solange Schneider, do Empório Rosmarino. Os chocolates da Cuore foram servidos na festa de 100 anos de dona Canô, mãe famosa, dos mais famosos ainda Caetano Veloso e Maria Bethânia. Ah! Esqueci de comentar que as duas lojas são cheias de estilo.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Empório Rosmarino
Listas: preparando um jantar
Vai dar uma festa, ou um jantar? Comece com as listas. Por que? Quando você escreve consegue detalhar o que vai precisar, além do que elas ajudam a economizar tempo. Você vai poder estabelecer prioridades, comprar tudo com antecedência, e, principalmente, não esquecer de nada, em resumo, tudo fica mais fácil. Tem a lista das compras, separadas por local (supermercado, mercado municipal ou feira, padaria, açougue etc.), tem a lista dos preparativos, a dos convidados, das receitas e por aí vai. Funciona, acredite. Outra dica boa é fazer amizade com fornecedores (verdureiro, peixeiro, açougueiro, entre outros), que precisam ser de confiança, eles são teus aliados para uma boa refeição, ou qualquer tipo de evento. Outra coisa: lembre-se de escolher os pratos pelos ingredientes da época, vão estar mais baratos e saborosos. Peça informação com os gerentes ou chefs dos teus restaurantes preferidos, eles são uma boa fonte.
Jantar com degustação de vinhos na Vino!
O restaurante e adega Vino! em Curitiba preparou para o começo de outubro um jantar enogastronômico, que terá a presença do diretor de exportação da Bodega Valduero, Alfredo Ruiz. A família García Viadero criou a bodega em 1984 num pequeno povoado na Argentina, na antiga e tradicional área vinícola de Ribera Del Duero. Hoje, cultivam em 200 hectares a uva tempranillo em vinhedos plantados a 840 metros de altitude. De acordo com os produtores, as condições climáticas da região, permitem que a uva amadureça lentamente e, com isso, tenha um excepcional equilíbrio de sabores. No cardápio: torta de bacalhau com salsa fresca; ravióli de galinha caipira, ao vinho do porto e frutas do bosque; paleta de leitão ao molho do próprio assado com risoto de couve; e flan de maçã com amêndoas para sobremesa.
Serviço:
Jantar na Vino! Batel – Rua Comendador Araújo, 970
Dia 2 de outubro de 2007, às 20h. Valor por pessoa: R$ 150,00. Reservas com pagamento antecipado. Informações: 3029.9988.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Alain Ducasse
Congresso
Nova Expand
João Victor Valente é quem comanda a cozinha no recém reaberto restaurante da loja da Expand em Curitiba. O jovem chef é formado pelo Senac, já trabalhou em algumas das melhores casas da cidade, inclusive na casa anterior da Expand, e fez vários estágios em São Paulo. Segue, com rigor e talento, o cardápio preparado pelos chefs paulistas Paulo Barros e Ivo Lopes, do Due Cuochi, eleito pela Veja São Paulo o melhor restaurante italiano em 2006. No mesmo ano, Paulo Barros foi escolhido chef revelação. Como os pratos são bem servidos, perguntei se era possível pedir meia porção. É possível sim, por isso adorei mais ainda o local. Quem me conhece sabe que costumo comer pouco. Apesar de não ser muito comum aqui, não é deselegante dividir um prato e nem levar o que sobrou para casa. Feio mesmo é desperdiçar. A nova loja da Expand tem boa comida e um ambiente muito bem decorado, moderno, sem ostentação, além de bons vinhos, é claro. Recomendo. Rua Benjamin Lins, 559, telefone 41 3078-1111.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Club Personnalité
Sushi Bar
Olivier Anquier
A boa culinária de Flávio Frenkel está de volta
O chef Flávio Frenkel, ex-Blini e ex-Capoani, que agora comanda o catering Anis Gastronomia em parceria com Carolina Malucelli, informa os primeiros cursos e jantares programados para outubro na estréia da nova função. São duas aulas com jantar degustação nos dias 4 e 18; o curso de técnicas com nove aulas, que começa no dia 23 de outubro e vai até 27 de novembro; e quatro jantares com menu degustação nos dias 5, 6, 19 e 20 de outubro. Nos jantares iguarias saborosas, como salada de lulas cozidas no sauvignom blanc e tiras de salsão com broto de alfafa ao molho a base de saquê e oyster sauce com um leve toque de laranja kinkan; sorbet de melão cantalupe e confete de presunto cru; peito de pato grelhado acompanhado de aspargos frescos ao molho de armagnac; tempurá de camarão perfumado com capim santo acompanhado de salada de aspargos; trio de frutos do mar (ceviche de polvo, salada de lula com mamão verde, camarão grelhado com tomate e basílico), entre outras. O curso do Flávio é bem completo, apresenta as principais técnicas utilizadas na culinária, mas exige algum conhecimento e experiência para acompanhar. É um compacto de tudo que tem que saber para cozinhar pelas mãos de quem entende do assunto. Outras informações pelos telefones (41) 3039-9068/ 9678 9999/ 9689 0895 ou no site www.anisgastronomia.com.br.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Ferran Adrià
Cogumelos grelhados e refogados
A receita do chef Blumenthal abaixo (ver nota sobre frango) me lembrou uma da americana Patrícia Wells tirada do livro “Minhas Receitas da Provence”. Patrícia é crítica de restaurantes para o International Herald Tribune e autora de vários livros sobre gastronomia. Antes de chegar a Paris na década de 1980 era repórter culinária do New York Times, e de acordo com a jornalista, sua vida mudou depois que ela e seu marido compraram uma pequena propriedade na região da Provence, na França, imagino que a minha também mudaria. Bom, voltando à receita, sofri muito quando a fiz pela primeira vez porque gosto de seguir todos os passos recomendados pelos chefs e essa tinha desde a recomendação do corte (2,5 mm de espessura) até o ângulo (45º) das varetas da grelha, além do tempo que variava de um a dois minutos a cada lado grelhado numa operação infindável e estressante. Como o resultado foi maravilhoso, simplifiquei a receita com aquelas grelhas usadas para assar lingüiça, colocando os cogumelos para tostar por cerca de quatro minutos de cada lado. Use vários tipos de cogumelos dando preferência aos carnudos e grandes, temperados com azeite de oliva extravirgem, sal e pimenta, e tomilho. Depois de assados coloque numa frigideira com tampa e manteiga derretida bem quente “chiando”, e mais tomilho, por cinco minutos aproximadamente. Coma com pão. É divino.
Lugar para gourmets
Produtos nacionais e importados com grande variedade, apesar do minúsculo espaço da loja, e atendimento impecável é o que você encontra no Empório Francisca Gourmet, no box 58 do Mercado Municipal de Curitiba (41 3363-3661). Destaco a flor de sal de Guérande, o sal ao tartufo branco e as terrines de ferro, travessas e mini-panelinhas e caçarolas nos formatos mais variados, como abóbora, coração, tomate e maçã, entre outros, da marca francesa Le Creuset. O atendimento pode até ser personalizado, como quando os proprietários se desdobraram para atender o pedido de um cliente: castanhas portuguesas fora da época de produção do produto.
domingo, 23 de setembro de 2007
Os melhores
Estão chegando as flores
Já usei em saladas e acho que é a melhor maneira de aproveitá-las, pelo menos para quem não tem muita prática com o ingrediente. Hoje elas enfeitaram o haddock que eu fiz porque achei que o prato precisava de cor. Saborosas e bonitas, as flores comestíveis são usadas há décadas na Europa e na Ásia e agora começam a ficar popular por aqui, já ganharam até livro “Entre o Jardim e a Horta – As Flores que Vão Para a Mesa” de Gil Felippe. Mas cuidado, as flores comestíveis precisam ser orgânicas. Faça também: infusão para sorbets e sorvetes, ou em óleo para vinagrete, e geléias e compotas. Em Curitiba, você vai achá-las no box da Sidnéia e do Nelson (84, 85 e 86), que fica na entrada do estacionamento lateral do Mercado Municipal. Além das flores, eles têm outros itens de qualidade. Desculpem se decepcionei os leitores, torceram o nariz para o frango que eu pretendia fazer e acabei enveredando por outros caminhos.
sábado, 22 de setembro de 2007
Quem é Nina Horta
Frango
Hoje vou falar de frango, porque amanhã é domingo e quando eu era criança ele era a estrela dos almoços deste dia, e do segredo da Andreinha, que a colunista do jornal Folha de São Paulo, Nina Horta, da qual sou fã, citou na sua coluna do começo de setembro (6/9/2007). Vou reproduzir aqui alguns trechos porque estava ótima e acho que tem muita gente como eu que gosta de comer frango assado de vez em quando. Nina conta que Andreinha é muito fresca e dengosa (ih, me identifiquei com ela) e não escolhe o citado prato para as suas festas, mas o prepara para a “criadagem”, só que faz mais de um porque a cozinha acaba sendo visitada pelos seus convidados. De acordo com Nina, do peito às coxas, tudo é macio, saboroso e suculento. “Andreinha ensina que não tem segredo. Lava muito bem, põe na salmoura, deixa bastante tempo, assa em forno baixo com alumínio por algumas horas até ficar bem macio, tira o papel e deixa dourar”. A parte engraçada da coluna é que Nina Horta conta que foi comparar a mesma receita com a do Heston Blumenthal, chef inglês do Fat Duck – o número um dos melhores do mundo –, para ver as diferenças e semelhanças. “Acho eu que não faria essa receita por achá-la um pouco ridícula, ficar passeando com o frango para cima e para baixo, em um esforço inaudito. Fico com a da Andreinha mesmo, mas vocês podem experimentar. Afinal o homem tem uma fama estrelada sem pecha”, comenta Nina Horta. Blumenthal correu o mundo tentando chegar à perfeição de oito pratos clássicos, como frango assado, pizza, bife, espaguete à bolonhesa, peixe frito com batatas, entre outros, e escreveu um livro. Nina, não reproduziu a receita inteira, só disse como assar o frango, que deve ser bom, caipira. “O segredo é não deixar que ele perca a água”, ensina Blumenthal. Então, a dica da Andreinha é boa, “...pois o sal altera as proteínas, de modo que elas retenham mais água”, diz a colunista. O problema é que o famoso chefe não se contenta em colocar o dito na salmoura: “...retira as asas do frango (já não gostei, afinal o que é um frango assado sem asas?). Procura um caldeirão, onde o frango caiba com todo o conforto. Vê quanta água vai precisar para cobrir o frango. Por exemplo, se forem 500 ml, juntaria à água 8% de sal de cozinha. Separa o frango, tira a água da panela e enche de novo com água fresca. Junta os 8% de sal e põe a panela em fogo alto (sem o frango) até que o sal se dissolva. Depois, deixa a salmoura esfriar completamente. Coloca o frango de novo na salmoura. Tampa o caldeirão e deixa na geladeira por seis horas. Tira da geladeira e escorre a salmoura com cuidado, pois a pele fica muito frágil. Lava o frango em água corrente. Leva-o de novo à panela que enche de água fria. Deixa uma hora de molho, mudando a água de 15 em 15 minutos para tirar todo o sal. Tira o frango da panela. Lava a panela. Enche de água fresca e leva a ferver. Enche outra panela grande com água fria e gelo. Mergulha o frango na água fervente por 30 segundos. Retira e mergulha na água gelada. Repete o procedimento, sem deixar a ebulição da água baixar. Enxuga o frango com toalhas de papel. Põe em um escorredor para secar. Envolve o frango num paninho bem fino, que o deixe respirar (cheesecloth, musselina). Deixa a noite inteira na geladeira para secar. Assa a 60ºC de quatro a seis horas. Retira do forno e deixa descansar por uma hora. Enquanto isso, pega as asas do frango, que separou antes, e quebra cada uma com um martelo e as coloca em fogo alto em uma frigideira por dez minutos. Junta uns 100 g de manteiga e, quando começa a soltar fumaça, sem queimar, coa. Põe o frango numa frigideira com umas três colheres de óleo e fica dourando-o, virando-o de cá para lá, com cuidado para não se queimar. Pega uma seringa e vai enchendo com a manteiga dourada da asa, e injetando no frango em todos os lugares que puder. Está bom para trinchar”. A partir daí, Nina Horta pede socorro, eu também, e pergunta se alguém sabe onde tem uma padaria com aquelas máquinas de assar frango. Acho que vou fazer a receita da Andreinha, se alguém testar a do Blumenthal, por favor, me conte, porque se for realmente maravilhosa eu crio coragem. Tudo por uma boa comida!
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Novidades
O espaço Pátio do Arvoredo em São José dos Pinhais, que na próxima quinta-feira (27/09) inaugura a Cozinha Gourmet Eletrolux com Olivier Anquier, apresenta o chef Newton Pereira de Oliveira no comando do restaurante Cielo Verde. Com formação no Centro Europeu, Oliveira tem estágios em restaurantes no exterior e vários cursos no currículo. Reservas pelo telefone: 41 3383-5766.
Torô 2
Torô
Se você gosta de comida japonesa sinta-se privilegiado, porque vou falar de uma raridade: tem torô em Curitiba. Para quem não sabe, torô é a parte gorda da barriga do atum, um dos peixes mais procurados por quem gosta de sushi e sashimi. Tem sushiman que já “importou” na sua própria mala em viagem ao Japão atum comprado em leilão no tradicional mercado Tsukiji, em Tóquio. Os mais comuns são o bigeye (também conhecido como mebati) e yellowfin, o bluefin – chamado de o-torô, o atum azul supergordo – o mais raro de se encontrar no Brasil. Por isso, não perca tempo, nesta sexta-feira (21/09), você poderá degustar o torô no restaurante Nakaba (41 3223-5954) – o mais tradicional e o mais antigo de Curitiba.
Mais um café em Curitiba
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Segredo
Acho que é um dos maiores segredos culinários e o ingrediente principal, ou melhor, a base para molhos, ensopados e sopas: estou falando dos caldos. Da qualidade deles depende o resultado do prato. Todos os bons livros de culinária trazem as suas receitas. Tem o caldo de carne; o rôti, que leva vinho e é mais sofisticado; o demi-glace, que é uma redução; o de frango; o de legumes; o de peixe (fumet); o de vitela; o de pato; o de camarão; enfim, se faz caldo de quase tudo e se usa caldo em quase tudo. Eu diria que são os caldos que fazem a diferença. É um processo repetido diariamente nos restaurantes. Dá um pouco de trabalho porque são feitos em grandes quantidades e precisam de muito tempo de cocção, deve-se reduzir lentamente o líquido, mas não é nada do outro mundo e tenha certeza que o resultado final vai valer a pena. Com algumas variações, um caldo se faz com ossos, água, legumes, temperos e paciência. Lembre-se que cozinhar é um ato de amor e exige dedicação. Depois de pronto você pode congelar e usar quando for necessário. Uma boa dica é armazená-lo em forminhas de gelo. Basta um quadradinho para enriquecer um molho com mais sabor. Se preferir, compre pronto. Cuidado: não estou recomendando os caldos concentrados vendidos em supermercados, por favor. Há coisas que precisam ser feitas. Hoje existem restaurantes que vendem o produto. Quando não tenho tempo de fazer meus caldos, eu os compro da Neuza de Fátima P. Souza (41 3262-9363); é uma especialista, aprendeu com quem entende do assunto.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
“Prazeres da Mesa”
Três estrelas no Michelin
Olivier Anquier
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Arrasa quarteirão
Não gosto dos chamados “arrasa quarteirão” seja no cinema ou na culinária, por isso torço o nariz para o café do Starbucks, que logo estará entre nós. Ainda bem que existem as charmosas e já tradicionais confeitarias e padarias como o Café Champagnat (41 3335-5231), a Provence Boulangerie (41 3343-9911), ou a Família Farinha (41 3362-3052) e a Padaria América (41 3079-4836), por exemplo. A América é a mais antiga da cidade e tem três lojas, nos bairros São Francisco, Bacacheri e Água Verde, e uma casa no Juvevê tocada por Carlos Engelhardt, bisneto do fundador.
Farofa
Farofa de maçã
Colocar 2 colheres de manteiga e adicionar uma maçã verde cortada em cubos; juntar alho picado e cebola fatiada, e depois a farinha de mandioca, mexendo bem. Finalizar com salsa picada, sal e pimenta.
Farofa de castanha
Moer castanha-do-Pará (se quiser mais crocante pode deixar alguns pedaços maiores) e colocar numa frigideira com manteiga já derretida, acrescentar um pouco de cebola picada e depois a farinha de mandioca. Temperar com sal e pimenta.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Boa comida
Aulas
Adoro constatar que o interesse pela gastronomia está crescendo, principalmente quando jovens querem aprender a cozinhar e me pedem orientação, isso sem contar os que desejam abraçar a profissão. Indico, com segurança, a experiente Márcia Fontana (9192-2204) do Espaço Gourmet Formighieri. Ela já foi proprietária de restaurante em Londrina e tem experiência como banqueteira em São Paulo e Curitiba. No seu currículo também estão inúmeros cursos e estágios, incluindo um no restaurante D.O.M. de Alex Atala. Empregadas domésticas também tem a oportunidade de aprender.
O Espaço Gourmet é outro local que oferece bons cursos: dos básicos à chef de cuisine (3019-0437 ou www.espacogourmetgastronomia.com.br)
domingo, 16 de setembro de 2007
Capoani com nova chef
Para quem gosta de pimenta
Eu adoro pimenta, por isso, vivo testando novas receitas de “steak au poivre”. Essa é do restaurante Les Halles em Nova York, do chef Anthony Bourdain. Foi o almoço deste domingo (16/09).
Alguns usam contrafilé, mas como o molho é forte pode usar o filé-mignon. Preaqueça o forno a 220ºC. Passe um pouco de azeite de oliva nos filés (4) e passe nos grãos (4 colheres de sopa) de pimenta-do-reino esmagados na hora (por favor, não use a pimenta em pó, é crime!). Eu coloquei também um pouco de pimenta rosa e da verde. Não tenha medo, não fica forte. Aqueça o azeite (4 colheres de sopa) em uma frigideira em fogo alto. Quando estiver bem quente coloque (2 colheres de sopa) de manteiga. Frite os filés, cerca de 5 minutos cada um. Coloque no forno até o ponto desejado (5 a 7 minutos para mal passado e 10 minutos para ao ponto). Tire e deixe os filés descansarem. É preciso. Volte para a frigideira e coloque (2 colheres de sopa) de conhaque de boa qualidade e raspe com uma colher de pau para descolar os resíduos dos grãos de pimenta e de carne. Cozinhe até reduzir à metade. Adicione (½ xícara) de caldo de carne ou de vitela até reduzir à metade novamente. Misture a manteiga (1 colher de sopa) bem gelada com o batedor de arame e tempere com sal. Sirva com batatas fritas, sautée ou purê. Fácil e muito bom.
Batata
Batata é “o” ingrediente. Salva e serve em qualquer situação, até para tirar o sal demasiado de alguma receita, (será que funciona mesmo?). Tenho uma receita curinga. Limpe bem batatas de tamanho médio, corte em tiras grossas, cozinhe por 10 minutos (com casca). Escorra a água e coloque numa forma, temperando com flor de sal ou sal grosso, pimenta (moída na hora, por favor). Regue com azeite de oliva e coloque alguns dentes de alho com casca. Asse em forno pré-aquecido por 40 minutos aproximadamente. Ficará leve e crocante; deliciosa e fácil, fácil de fazer.
sábado, 15 de setembro de 2007
Agora mais perto
Riobaldo
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Claude Troisgros
Polpettone
A trajetória da cantina Jardim de Napoli, famosa pelo bolo de carne que empresta o nome para essa nota, está no livro lançado pelo filho do proprietário, Toninho Buonerba. Além de muitas histórias, têm as receitas da cantina, mas não espere encontrar a do polpettone. Segredo! Alla Napoletana, ed. Boccato/Gaia, R$ 148,00.
Rosh Hashaná (Ano-novo)
O ano 5768 já chegou: Shana Tová ao povo judeu. Com ele, o chalá, pão redondo de massa doce e macia, e os doces de maçã e os de mel para que o ano seja doce e bom, e o peixe, que representa a imortalidade e a fertilidade. Minha contribuição será a reprodução de uma receita de bolo de mel da chef Andrea Kaufmann. Quem procura mais aventura pode tentar "As Delícias da Cozinha Judaica", Ed. Globo, R$ 34,00.
Bolo de mel
20 porções; 1h20 minutos médio
Ingredientes
500g de açúcar; 6 ovos; 1 copo de mel; 1 copo de café bem forte; 1 copo de óleo; suco e casca ralada de 1 limão; 600g de farinha de trigo; 1 ½ colher (sopa) de fermento em pó; 1 colher (café) de bicarbonato; 1 maçã ácida ralada com casca no ralador grosso; 150g de uvas passas brancas sem semente; 300g de nozes. Para a calda de chocolate: 700g de chocolate em barra meio amargo e 300g de creme de leite.
Preparo
Bata bem o açúcar, as gemas e o mel até formar um creme. Junte o óleo, o café, o suco e a casca do limão. Adicione lentamente os ingredientes secos, em seguida a maçã, as passas passadas na farinha, as nozes partidas em pedaços e, por fim, as claras em neve. A massa rende bastante, por isso unte uma fôrma retangular grande e uma redonda pequena com óleo e papel. Separe algumas nozes em metades, passe na farinha e jogue em cima da massa. Asse em forno médio até o palito sair seco. Tire o bolo da fôrma quando tiver quase frio. Calda de chocolate: Em banho-maria, derreta o chocolate com o creme até adquirir consistência de calda. Regue o bolo.
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Em cativeiro, até tu caviar?
Foi com alívio que vi a notícia que teremos uma porta aberta para a entrada de caviar do Uruguai. É, isso mesmo, você leu Uruguai, daí virá a ova cobiçada que pelos comentários é de excelente qualidade. Por mais estranho que possa parecer, fiquei tranqüila porque além de se ajustar melhor ao nosso bolso, imagino, não vem das águas poluídas do Mar Cáspio. De acordo com o Instituto Blacksmith (grupo ambientalista independente) os 10 piores locais poluídos do mundo estão em 7 países e o Uruguai e o Brasil ficaram de fora dessa lista. Para surpresa, o nosso rio Tietê em São Paulo perde para o rio Volga que deságua no Mar Cáspio, abrigo dos esturjões. Sendo assim, melhor consumir o produto dos nossos vizinhos. O restaurante Fasano em São Paulo terá o caviar do Uruguai a partir deste mês, até para venda. Procure por Black River Sturgeons – caviar osetra da vertente malossol. Para saber mais: beluga, osetra e servuga são os três tipos de esturjão e por conseqüência, de caviar. O beluga tem as maiores ovas, o sabor mais suave e delicado, mas é o mais raro e caro. A cor vai do cinza-prata ao preto. O osetra tem as ovas um pouco menores e paladar suave. A cor vai do cinza ao ocre amarelado com um núcleo amarelo-dourado. O servuga tem as menores ovas e uma cor do cinza ao preto. Seu sabor é o mais forte. Malossol em russo, quer dizer pouco sal. Todo caviar que é fresco e não pasteurizado é malossol, ou seja, mantido com 3% de sal. Desculpem caso tenha alguma informação errada, minha fonte foi a Wikipédia e fico temerosa porque às vezes mal-intencionados alteram os textos desta enciclopédia livre eletrônica. Deixando os conceitos de lado, vamos ter que provar.
Hello, autoridades locais
Todo mundo está comentando, eu também já falei aqui sobre o problema das sacolas de plástico. Agora li que a prefeitura de São Paulo bolou uma campanha para tentar diminuir o uso das malfadadas; o lançamento foi ontem (12/9) no Parque Ibirapuera. Durante o evento foram distribuídas sacolas de pano “Eu não sou de plástico” desenhadas por mais de 100 estilistas e confeccionadas por costureiras do Terceiro Setor. A jornalista de moda Lílian Pacce coordenou a montagem de uma exposição. A prefeitura quer mostrar o problema à população e sugerir a substituição. Dá para copiar.
Ser feliz
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Banana, rainha
Bananas ardentes carameladas (adaptação Martha Stewart Living)
Pré-aqueça o forno bem quente. Ponha 1 xícara de farinha num tabuleiro grande e passe 6 bananas maduras e firmes até cobrir levemente. Numa frigideira grande que vá ao forno, derreta 5 colheres de manteiga em fogo médio. Junte as bananas e frite por 1 minuto, mexendo. Polvilhe com ½ xícara de açúcar mascavo e leve ao forno até dourar e endurecer, vigiando para não queimar. Tire a panela do forno e derrame ½ xícara de rum escuro nas bananas. Acenda com um fósforo e flambe, cozinhando em fogo baixo enquanto as chamas durarem, mexendo sempre, deixando o molho engrossar, por 3 a 5 minutos. Sirva com sorvete de baunilha e jogue um pouco de molho em cima.
Bauru, Carlos Cavaco e Alberto Veiga
Sabe quando você está com fome e entra no supermercado e vai comprando tudo o que vê pela frente? Ou quando lê alguma receita e vem aquela vontade desesperada de reproduzi-la? Pois é, aconteceu comigo recentemente. Domingo, fim de tarde, estava lendo uma reportagem sobre a origem do sanduíche bauru e naquele momento ir atrás dos ingredientes e provar a receita foi vital. Por sorte, encontrei quase tudo (a Requinte me salvou). Espero que você também ache, caso tenha a mesma vontade. Para um Bauru original: pão francês sem miolo, rodelas de tomate, fatias de pepino em conserva, rosbife e queijo derretido em banho-maria (estepe, prato e suíço). À propósito, foi um estudante de direito bauruense, que tinha o apelido de Bauru, que inventou o lanche na cidade homônima, em 1934, no restaurante Ponto Chic. Curitiba também tem história parecida, certo dia um cidadão pediu ao cozinheiro de um clube da cidade que colocasse num prato duas fatias de pão de forma, com um bife, queijo derretido, fatias de presunto, um ovo frito, alface e tomate, acompanhado de maionese. A idéia foi copiada, ganhou fama e entrou no cardápio. Recebeu o nome do seu criador Alberto Veiga. Outro sanduíche criado da mesma forma foi o Carlos Cavaco. Era feito numa frigideira e levava uma fatia de pão de leite grossa com manteiga e queijo. A confeitaria que servia o lanche era um local famoso na cidade, mas infelizmente não existe mais.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
É tempo de alcachofras
E setembro chegou, com ele a época em que podemos desfrutar as maravilhosas alcachofras, uma alegria para os fãs da iguaria. Vamos esperar que os restaurantes mostrem suas sugestões; até agora só o Scavollo parece que se lembrou e apresenta o raviolone di carciofo e aglio porro. A conferir. Aqui também ninguém fala das "castraure" - as primeiras alcachofrinhas que surgem no pé, que são logo cortadas para dar força à planta e são divinas. Já experimentou? Só na manteiga com ervas é a minha sugestão. Rua Emiliano Perneta, 924, Batel. Telefone 41 3225-2244.
Para americanos e curitibanos
Nesta terça-feira (11), Curitiba vai ganhar a Hamburgueria (Vicente Machado, 1927), uma casa especializada em hambúrgueres especiais; de acordo com os proprietários, fabricados com os melhores cortes de carne, como fraldinha e picanha. Já no Missouri (Dom Pedro II, 44), que também buscou a inspiração norte-americana, você pode experimentar sanduíches, doces, geléias e molhos.
domingo, 9 de setembro de 2007
Para ler
P.S. Tenho que agradecer ao amigo Ricardo Pereira pela gentileza do presente e pela oportunidade da agradável descoberta.
Doces, doces, chocolates, chocolates
Curitiba ganhou uma loja só de chocolates importados, dos tradicionais aos exclusivos, e de guloseimas em geral. Reunir tudo isso num só local, foi a idéia dos proprietários que eram donos de um pequeno quiosque no Shopping Crystal, e agora ampliaram o negócio. “Sweet, sweet way”abriu no dia 1º de setembro. Nas prateleiras: os tradicionais chocolates Lindtt e Droste, Wonka – da Fantástica Fábrica de Chocolates –, e os mais raros Villars. A conferir.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
O que comer
Prêmio 1
Teste seus conhecimentos no site www.azeite.com.br e concorra a um livro com 250 receitas. Corra, é só para as primeiras 200 pessoas que responderem. A promoção é da Casa do Azeite Espanhol.
Prêmio 2
Sabe alguma receita light? Vá até o site do conceituado spa Estância do Lago www.estanciadolago.com.br e tente a sorte novamente. As 100 melhores receitas entrarão na primeira edição do livro “Receitas de Spa” e você ainda concorre a um final de semana. O resultado sai no dia 1º de outubro.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Filmes
Adoro cozinhar, assim como gosto de cinema também, entre outras coisas. Então, sempre pensei entrar numa locadora e encontrar uma seção de filmes gastronômicos. Comecei uma listinha e talvez os leitores possam me ajudar a completá-la. Quem sabe alguma locadora se interesse.
- Jantar entre amigos
- Cheiro de papaia verde
- Chocolate
- Comer, beber, viver
- A comilança
- Como água para chocolate
- O cozinheiro, o ladrão, sua mulher e o amante
- Delicatessen
- Bagdá Café
- O jantar
- O amor está na mesa
- O banquete de casamento
- O casamento do meu melhor amigo
- O amante
- A grande noite
- A conspiração
- O último jantar
- Tomates verdes fritos
- Tampopo – os brutos também comem spaghetti
- Simplesmente irresistível
- Simplesmente Marta
- Festa de Babette
- Sabor da paixão
- Temperos da vida
- Jantar entre amigos
- As horas
Bourdain passeia por São Paulo
O programa “Sem Reservas” com Anthony Bourdain sobre o Brasil vai ao ar dia 7 de setembro (22h, Discovery Travel & Living). É a segunda visita dele, passando por São Paulo e pelo Rio de Janeiro. Ele diz que não gostou daqui e que só voltou pelas pessoas, principalmente as mulheres. O jornalista e crítico Josimar Melo, do jornal Folha de São Paulo, diz que o programa é mais um documentário sobre a cidade do que sobre a gastronomia, mas que não dá para perder.
Ratatoiulle
Depois do filme, todo mundo está falando no prato francês “ratatoiulle”, que nada mais é do que um refogado básico de legumes. Até o chef Claude Troigros no seu programa semanal no canal GNT (NET e SKY) “Menu Confiança” fez uma receita nesta segunda. A que eu reproduzo abaixo é do site www.pratofeito.com.br.
Ingredientes:
1 berinjela grande; 1 pimentão vermelho e/ou amarelo; 2 cebolas médias
2 dentes de alho esmagados; 2 abobrinhas; 2 a 3 tomates; tomilho; sal e pimenta.
Modo de preparo:
Corte os legumes grosseiramente e refogue-os em fogo alto, até que dourem, tempere. Em seguida reúna todos numa panela e deixe cozinhar em fogo brando, com o tomilho até que estejam macios, acerte o tempero. Dicas: você pode refogar cada legume separadamente ou todos juntos, mas atenção para começar pelo mais firme (siga a ordem dos ingredientes dada) e junte o tomilho desde o começo. Caso precise, junte um pouco de água (ou um caldo) ao cozinhar. o último cozimento pode ser feito na panela por 10 minutos, ou no forno (180ºC) pelo menos 40 minutos, conforme a textura desejada (legumes crocantes, macios ou em compota). Ajuste o tempo de cozimento e o tamanho dos legumes conforme seu gosto: legumes em pedaços pequenos cozinham mais rapidamente.
Filmes: faltou na lista
A lista de filmes sobre gastronomia ficou incompleta. Dei a receita e não comentei nada sobre o maravilhoso e delicioso, “tem que ver”, “Ratatouille” (Ra-ta-tui). Também não inclui o nem tão bom assim “Sem Reservas”. Talvez porque os dois filmes só estejam passando nos cinemas. Meu conselho é para assistir antes “Simplesmente Marta” (disponível nas locadoras). Depois me diga se não tenho razão. Acho que fiquei impressionada com o fato de saber que a atriz, duplê de chef, Catherine Zeta-Jones, não tinha colocado o pé numa cozinha antes das filmagens, o caso é que ficou meio “fake”. Então, se você é fã da sedutora Catherine não veja o filme alemão (Simplesmente Marta, rodado em 2001) antes. Ok, o visual de "Sem Reservas" é legal, as comidas preparadas dão água na boca, a sobrinha Zoe (Abigael Breslin de Pequena Miss Sunshine) é talentosa e se passa em Manhattan. Dá para ir ver "com reservas". Já, vejam vocês, o rato Remy de “Ratatouille” na cozinha convenceu. As cenas nas quais o roedor faz um gesto típico dos cozinheiros para sentir o aroma, ou quando prepara um prato, ou lava suas mãos antes da aventura gastronômica são geniais.
O melhor da polêmica
Boteco: deu lula
Bar do Victor
Livros
Títulos para acrescentar à sua biblioteca. Memórias Gastronômicas, de Alexandre Dumas, Carême, de Ian Kelly, Literatura & Gastronomia, de Fabiano Dalla Bona, ou Fome de Viver, de A.J. Liebling, não são somente livros de receitas, apesar de também apresentá-las. Esses livros colocam a culinária e a cultura lado a lado, ressaltando a propriedade dessa arte de poder transformar as nossas vidas ou de pelo menos, deixá-la muito mais agradável.
Champanhe
"Venham rápido, estou bebendo as estrelas". Frase publicada no livro "Apetite por Paixão", de John Willoughby, que reúne mais de 60 receitas relacionando paixão e comida e frases de famosos e anônimos como essa acima, dita depois do primeiro gole de champanhe. Tinha que ser. Laura Esquivel, autora de "Como Água para Chocolate", assina a introdução. Já testei, com sucesso: "bananas ardentes carameladas"; "aspargos brilhantes grelhados"; "elixir de batatas trufadas"; "pato bêbado com laranjas"; entre outros.
Mais champanhe
Li que no Wine Awards 2007 realizado na semana passada em Campos do Jordão, com a participação de vinícolas de quatro Estados, que os espumantes nacionais brilharam. Preste atenção na adega Courmayeur e na paranaense Dezem – medalha de ouro. Desconhecia nossa produção, vou pesquisar. Quem promoveu o evento foi a empresa brasileira Marketpress, da revista “Vinho Magazine”, e a belga Vinopress, que organiza uma das maiores competições mundiais. Saiba mais no site: www.concoursmondial.be. Foram destaques com medalha de ouro: Valduga Extra Brut (2005) e Dezem Brut Champenoise (2005).
Champanhe, outra vez
Eu sei que se a origem não é francesa não podemos chamar o líquido com borbulhas de champanhe, é que aos apaixonados pela bebida chamá-la de espumante é muito pouco, mas para a nossa sorte o mercado nacional está indo bem no quesito produção e o nome não vai importar muito. Vale experimentar o espumante Adolfo Lona. É a chamada relação – que muita gente detesta – custo/benefício, isso é, que compensa. Recomendo.
Ano que vem tem mais
Este ano não dá mais, vale o lembrete para o próximo. É que sempre em agosto, há 10 anos, acontece o Festival de Gastronomia e Cultura em Tiradentes, Minas Gerais. Quem foi garante que é programa imperdível, pela cidade e pela gastronomia. De 17 a 26 de agosto, a cidade literalmente ferveu com almoços e jantares especiais, além de uma infinidade de mostras, cursos e shows. O tema de 2007 foi “A História da Gastronomia” e a interação entre as cozinhas mineira e catalã. Destaque para Alex Gares do restaurante Lasarte e outra catalã Montse Estruch do restaurante El Cingle. No festival acontece os chamados “festins”, quando as pousadas da cidade ficam abertas para banquetes para os turistas. Os preços variaram de R$ 125,00 a R$ 175,00 .
Arte e gastronomia
Não é de hoje que arte e gastronomia se cruzam. Depois do fast food e slow food agora é a vez do food look. Assino embaixo. É claro que a comida tem que ser boa, mas a apresentação também conta muito. Mas isso é outro assunto, agora é gastronomia e artes visuais mesmo. Para quem ainda não fez a associação, que tal começar com a mais clássica das imagens do ato de comer: “Santa Ceia”, de Leonardo da Vinci. Por isso, se estiver de passagem comprada para Paris pode agendar. “A Gastronomia na Arte: da Pintura Holandesa a Andy Warhol” exposição em cartaz até o dia 21 de setembro no Hotel Dassault, nos Champs Elysées. Todo o ritual gastronômico está presente, desde a escolha dos alimentos no mercado até a cozinha, com o uso de ingredientes, como no caso da figura feita de caviar do brasileiro Vik Muniz ou nas naturezas mortas do século XVI. São cerca de 60 artistas que contam a influência da gastronomia na arte, com direito até a “perfume” de chocolate e laranja. Visite www.artcurial.com.
Carne de cavalo?!
Eu sei que todo bom gourmet não deve ter restrições alimentares, só que alguns itens exigem mais do que apetite ou curiosidade, como carne de cavalo, por exemplo. Achei que iria demorar muito para encontrar aqui um açougue especializado em carne eqüina, como é comum na França, pois não criamos cavalos para o abate. Porém, o que acontece é que os frigoríficos compram animais velhos que não servem mais para o trabalho e a produção, que até então era toda destinada para a exportação, hoje começa a ser consumida no País. Nunca comi, dizem que é meio adocicada, o que me lembrou a carne de avestruz. O restaurante Friccò (11 5084-0480) em São Paulo serve. Se experimentar, me conte.
Esqueça as sacolas de plástico
O Brasil está declarando guerra às sacolas plásticas. Meio tarde, vale dizer. Estão falando em adoção de sacolas de plástico oxibiodegradáveis, que se desintegram em menos de um ano. Acontece que não há comprovação científica de que funcionem e ainda existe a possibilidade de que contaminem o solo, água e ar. Parece não ser a melhor saída. O caso é que vamos ter que substituir as atuais embalagens porque demoram muitos anos para se decompor e poluem o ambiente.O bacana mesmo é adotar as sacolas de pano ou carrinhos. Os fashionistas já tem até modelos exclusivos e uma rede de supermercados de Curitiba oferece um “canto” ecologicamente correto, no qual encontram-se disponíveis caixas de papelão aos interessados. Maravilha. Você já experimentou pedi-las na maioria das lojas de grandes redes? Nunca tem.