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terça-feira, 23 de outubro de 2007

Cachorro-quente

Talvez a história do cachorro-quente vá além do século passado, seu surgimento é incerto, dizem que foi na Alemanha quando um açougueiro resolveu batizar o sanduíche que tinha inventado com o nome do seu cachorro. Certeza mesmo é que foram os americanos que o deixaram famoso e que é um lanche barato, rápido e fácil de fazer (mesmo com todas as invenções malucas que incluem tomate seco, milho e não sei mais o quê, totalmente dispensáveis na minha opinião). Apesar da fama, confesso que o dito não me atrai muito. A vina, ou melhor, a salsicha de origem incerta me deixa sempre apreensiva, sendo assim, mesmo tendo lido uma reportagem de página inteira no principal jornal da cidade que contava a trajetória de dois caras que instalaram uma barraquinha no bairro do Cabral e que era sucesso de vendas por várias razões, entre elas, qualidade, higiene, atendimento etc., etc., e morando a apenas uma quadra do ponto deles, não tinha experimentado ainda, mesmo sabendo do lanche vegetariano. Com o blog e a obrigação dar boas dicas aos leitores, e o incentivo de uma amiga, fui lá. É claro que minha escolha recaiu na salsicha vegetariana (de soja) porque sempre que posso dou preferência para itens mais saudáveis. Herança dos tempos da macrobiótica. E não é que é bom mesmo! Os donos, Paulo e Carlos, são super simpáticos e cuidam de tudo com muito carinho. Eles trabalhavam em outra área e só cozinhavam como voluntários em projetos assistenciais, mas o gosto pela comida e a vontade de abrir um negócio próprio levaram os dois a arriscar, como não tinham dinheiro para abrir uma lanchonete começaram pequeno. Assim surgiu o "Super Dog" há três anos e meio. “O resultado foi positivo. Como todo trabalho, às vezes cansa muito, ainda mais por se tratar de um cachorro quente de rua, mas o resultado final é bem positivo, mesmo nos dias de chuva e frio”, comemoram. De acordo com os proprietários, o diferencial está no atendimento e na variedade, são 15 tipos de lanches, incluindo os vegetarianos, além dos especiais, montados de acordo com a vontade do freguês. “Achamos isso bem importante, procuramos ser atenciosos com todo mundo e cuidamos do ambiente para que seja um lugar em que todos possam se sentir à vontade, sempre ouvindo o cliente para saber o que ele deseja”. Mas outro detalhe chama a atenção: a limpeza e higiene do local. “Somos chatos quando o assunto é limpeza”, confessa Carlos. E a salsicha vegetariana? Será que é procurada? “A venda dos vegetarianos aumentou muito e fica em torno dos 40% do total comercializado”, dizem. Como foi que surgiu a idéia? Os dois são vegetarianos e queriam inovar. “Fomos atrás de um lugar que fizesse pão sem ovos e leite, e por sorte conseguimos uma distribuidora muito boa, perto da nossa casa. O resto foi fácil, a salsicha vegetal vem de São Paulo”. Deu certo. O ponto foi escolhido pela calçada larga e iluminação, e porque não tinha cachorro-quente nas proximidades. Como vocês divulgam o negócio? É a propaganda “boca a boca” que funciona, mas eles usam o orkut também, “é onde divulgamos festas, lanches novos e aniversários”. Planos para o futuro? “Ainda não desistimos da nossa casinha de lanches, estamos planejando com calma, vendo alguns lugares e pensando em outras alternativas”. Continuem assim, meninos, sei de chef famoso que começou vendendo cachorro-quente. Eu me rendi e vou virar freguesa. O "Super Dog" fica na rua Manoel Pedro esquina com Munhoz da Rocha, no Cabral. Visite também: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=63897

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