Sal, sal, sal

Até pouco tempo atrás, minha única preocupação era com o sal comum, quer dizer com o refino que tira as propriedades do produto, é um sal que queima na boca e não é tão saudável, mas não tínhamos muitas opções. “Sal não é tempero, não agrega sabor – realça”, escreveu Alex Atala no seu livro e foi com ele que descobri, há alguns anos, a flor de sal: “uma primeira nata de sal mais branca”. Depois vieram outros e fui começando a descobrir sabores e nuances que se instalaram definitivamente na minha rotina. Mas já estava bem satisfeita com as minhas descobertas quando li que o hotel Emiliano em São Paulo oferece 14 variedades para os seus hóspedes! É isso, o local tem um menu de sais em seu restaurante. Nunca tinha ouvido falar do Murray River da Austrália (usado para temperar vieiras!) e o Kala Namak da Índia (ideal para pratos vegetarianos). Na foto minha pequena coleção: Guérande; sal defumado; salish; lava preta do Hawai; sal rosa do Himalaia; sal com trufa; e o especial Maldon, que é maravilhoso, pode acreditar, tem diferença. O caderno Paladar do O Estado de São Paulo fez uma edição sobre o assunto falando até do pré-sal.