Portugal

Estou indo para Lisboa na segunda (30) e talvez não consiga atualizar o blog lá. Vou tentar resolver o problema com a Vodafone, caso não consiga conexão, volto na próxima semana e atualizo o blog já no Brasil. Até.

Palácio Real e a Taberna del Alabardero

Em Madrid, se for visitar o Palácio Real, a catedral de Almudena e o Teatro Real, o que é recomendado, aproveite para conhecer a Taberna del Alabardero (Felipe V, 4. Metro Ópera, telefone 915415192), que fica na região.

Patatas a lo podre

Patatas típicas de la cocina española tradicional.

Pulpo a la gallega.

Canapé de batata com cebolas caramelas.

Cenas de Madrid

Vitrines de dar água na boca

Pausa para descanso dos cozinheiros

Rabo de touro

Depois de uma péssima experiência com um restaurante “bacaninha” no meio do caminho, o Ginger, encontramos comida de verdade na Plaza Santa Ana, 3. Rabo de touro ou rabada, como conhecemos no Brasil. Prato muito bem feito, excelente. Fomos muito bem atendidos pelo Roberto no Viñap e descobrimos que o local existe há 40 anos e é do seu pai.

Plaza de Santa Ana: um lugar especial

Em Madri, tudo começava ou terminava na Plaza de Santa Ana. Local animado, bonito, música ao vivo, restaurantes e hotéis, de todos os preços. Indico o Miau e o Bar do Alemão, onde se pode comer tapas, além de outras coisitas como gambás e bacalao, bacalao, bacalao... Final de noite e para dançar é no (lindo) hotel Mélia.

Sal Maldon

Achei o sal que eu tanto procurava, o Maldon. Depois escrevo sobre a loja em Madrid, quando conseguir atualizar o blog. Estou indo para Barcelona.

Curso Brastemp Gourmet

No próximo domingo, 29, o jovem chef residente do restaurante eñe, Flávio Myiamura, mostrará como fazer alguns pratos especiais servidos na casa, na quarta edição do Brastemp Gourmet, em São Paulo. A aula começa às 12 horas, no Atrium do Shopping Morumbi com entrada franca.

Mugaritz: uma árvore na fronteira

Primeiro, é preciso dizer que Mugaritz fica no País Basco e que o idioma é o euskera. Muga significa fronteira e ritz é árvore, aliás, uma linda árvore plantada na divisa entre duas localidades dentro da área onde está localizado o restaurante e que podia ser vista da mesa onde estávamos.

Digo isso porque depois de (mais de) “150 minutos sentindo, imaginando, rememorando, descobrindo e contemplando”, como sugeria o cartão deixado sobre a mesa, eu não sabia como descrever a refeição. O que falar? “Se puder, conheça”. Ultrapasse essa fronteira.

Antes e depois do Mugaritz

O chef que comanda o restaurante, Andoni Luiz Adoniz, e sua equipe, que conta com o carioca Rafael Costa e Silva como 2º chefe, ou subchefe no Brasil, é uma das melhores do mundo.

Mugaritz: o 4º entre os 50 melhores do mundo e duas estrelas Michelin

Entre tantos restaurantes no País Basco acabei escolhendo para conhecer o Mugaritz, acertei. Fui também ao Bodegón Alejandro do chefe Martín Berasategui, um dos precursores na “nueva cocina espanhola”, mas por um problema de agenda, tivemos que nos contentar com o prato do dia, conto depois como foi.

Mugaritz e o GPS

Não dá para achar o local sem o GPS ou alguém que o leve lá porque o restaurante está num vilarejo de nome complicado (lembre-se que o idioma é o euskera). Fomos antes do horário da reserva até o local para ter certeza de que acharíamos e achamos. Com tempo, pudemos andar em torno da propriedade, ver que o caminho de Compostela passa ali ao lado, ver as plantações ao redor, os bichos e sentir a atmosfera do local. Começava ali a nossa viagem. Tudo valeu a pena, desde a procura pelo caminho até o último instante da refeição. É de se “rezar” para que tenham vida longa, muito sucesso e que possamos voltar lá.

Visite o site www.mugaritz.com e marque a viagem.

Mugaritz: é para voltar

Aduriz aprendeu o ofício com os chefs (três estrelas) Juan Maria Arzak e Martin Berasategui e trabalhou com Ferran Adria por dois anos. Veja o menu degustado abaixo. Nem precisa dizer que tudo estava maravilhoso, e que diferentemente do que falam dos famosos restaurantes contemporâneos estrelados, esse é excelente e dá vontade de voltar. Do chefe de sala (maítre) ao chefe de cozinha: parece que todos estão felizes trabalhando ali.

Mugaritz: aperitivos

Batatas com uma camada de argila servida entre pedras quentes e maionese de alho

Camarão frito no azeite de camarão, simples assim

Entre os inusitados aperitivos, “mais um?”, pergunto, “é que nós gostamos de aperitivos”, responde o simpático atendente, “que sorte, eu também”

Pepino, queso e água de tomate

Prometo a tradução do menu degustação assim que possível, mas acho que só consigo quando voltar ao Brasil.

Mugaritz: menu degustação Naturan

Flores, flores, flores

Mugaritz

Bocados crocantes de taro y coco sobre um fondo helado de sardinhas asadas, aceite dulce

Mugaritz

Carpaccio vegetal acompañado de um aliño agridulce, lascas de queso D.O. Idiazabal y briznas vegetales

Mugaritz

Puero tierno asado em brasa de sarmientos bañado com um fondo de moluscos. Complementos cítricos

Mugaritz

Estofado de pescados melosos acompañado de um consome concentrado de ave su piel laçada

Mugaritz

Salmonete deshuesado y salteado, apoyado sobre um guiso de carnes de cerdo ibérico y verduras ligado com sus hígados

Mugaritz

Pieza de vacuno asada y perfumada entre brasas de sarmiento, briznas de tomillo y antocianos naturales. Cenizas, sales y rábanos crocantes

Mugaritz

Tradición, mar y dehesa: rabitos de cerdo ibérico estofados y cigalitas salteadas bañados com la reducción del jugo de cocción infusionado com jamón ibérico de bellota

Mugaritz: postres

Seleção de quesos de Euskal

Evocando uma mañana de primavera: crema helada de leche de oveja latxa, frutas rojas maduradas al sol, brotes de hierbas anisadas y texturas insípidas

Bombon caliente de calabaza entre complementos dulces y amargos

Uma interpretación de la vanidad: pastel jugoso de chocolate, crema fria de leche, fondos dorados, pompas y cacao

Mugaritz

Café e chocolate para terminar a noite.

Chouriço

Não é que eu tenho uma recomendação para experimentar os embutidos em cada lugar que passar? Isso porque cada região apresenta suas especialidades...Ahh, acho que isso não vou conseguir...

Segóvia

Minha modesta sugestão é que Segóvia deve entrar em qualquer roteiro pela Espanha, é uma cidade toda em tons de rosa. As atrações principais são: um castelo, uma catedral, um aqueoduto e o cochinillo – o leitão (de poucos meses) que de tão macio é cortado com um prato. Como só é servido inteiro e cortado assim se o pedido for para mais de oito pessoas, fui poupada de presenciar tal atrocidade e pude saborear essa deliciosa carne.

As papoulas deixaram a cidade mais bonita ainda nessa época.
Não achei a foto do castelo - Alcázar - que serviu de inspiração para Walt Disney fazer a casa da Cinderela, não precisa nem dizer que é belíssimo. O restaurante onde comemos o cochinillo merece outro post. Veja abaixo. O aqueoduto é do século I aC. e a catedral é a última no estilo gótico construída depois do Renascimento. Faltou alguma coisa? Acho que não. A cidade é linda e ainda encontrei um chocolate divino: da casa Valor.

Valor

Os chocolates da Valor, produzidos em Segóvia desde 1881, são maravilhosos! Um dos bombons veio salpicado com flor de sal: um sabor divino e me lembrou uma entrada preparada pelo chef Júnior Durski, de Curitiba, foie gras com chocolate e flor de sal.

Mesón de Cândido em Segóvia

Perdiz escabechada (que eu já consegui uma receita e que prometo testar e contar aqui depois) e o cochinillo assado do restaurante Mesón de Cândido, que é do século XIX e que tem até site, mas que parece que parou no tempo...

O cochinillo vem sem nenhum acompanhamento...

Espanha: jantar no castelo

A próxima cidade visitada foi Ávila, eleita patrimônio da humanidade. Ficamos hospedados em um parador dentro das muralhas da localidade medieval, conhecendo assim um pouco do caminho das famosas hospedarias espanholas, que nos foram indicadas por um amigo. Com a “tarjeta 5 noches” foi possível escolher e obter um preço especial, ficando em lugares incríveis, como esse.